«já que escolheram a guerra errada, escolham as armas certas»

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

friendship (?)

Em tempos as coisas eram diferentes. Não havia preocupações. Era livre.
Eu sabia o que era ser feliz, e sempre tentei o ser. Mesmo quando me deitavam abaixo eu lutava pelo que queria, e via sempre algum lado positivo. 
Antes sabia que podia dizer que tinha os 'Amigos', eles eram a base de tudo. Sempre os ajudei, por ter aquela ideologia de 'Os amigos são para tudo. Faz por eles que eles não se esquecem de tii'. Sempre foi assim, até que um dia eu precisei. 
Quando precisei e havia uma enorme vontade de falar, mas havia sempre os 'outros em primeiro' mesmo que naquele momento eu quisesse me por em primeiro lugar era tarde, os outros esqueceram-se que eu era humana e que também sofria, e assim , tal como eles, tinha o direito de que me ouvissem, me ajudassem.
Nesse dia, tive de esperar que todos falassem, que todos contassem de suas desgraças, tive de ouvir com atenção porque sabia que no final iam-me perguntar 'o que é que tu achas?', ou 'ajuda-me. Ajudas?', 'fala com ele/ela.' (...), e assim, eu tive dar a minha opinião, ou aconselhar,  reconfortar, abraçar , ajudar. E assim tinha acabado o tempo de antena. O meu ou o da pessoa ? O da pessoa lógico, mas a mesma pensava que o meu também tinha acabado, e assim eu tinha de voltar a esperar um novo dia ou uma hora em que me pudessem dar a atenção.
Maior parte das vezes, sinto que não me ouvem, só eu é que tenho de ouvir. Sinto que, por vezes, esquecem-se de mim, mas eu estou sempre presente para os outros. 
Não sei mais. Sempre lutei, e sempre disse 'nunca desistirei', mas será que vale a pena ? 
Penso que já nem pensar vale a pena, trás perguntas e depois vêm as questões que nunca chegam a ser perguntadas, e assim eu nunca tenho as respostas que preciso.
E sei que alguém, talvez hoje, talvez amanhã ou depois, vai me ouvir, e assim, talvez, não me vá sentir tão sozinha.
Eu sei com quem posso contar, mas sei que nem sempre estão lá.

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