«já que escolheram a guerra errada, escolham as armas certas»

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

pretérito imperfeito.

Existe um passado. Há vontade, por vezes, de querer voltar.
‘Voltar atrás, quero voltar atrás’. Não é um querer fácil, este querer nunca se irá concretizar.
Existem vontades de voltar para fazer o que não foi feito, ou pior, acabar o que se começou.
Acabar o que se começou e que já não pode ser acabado no presente.
Parece que alguma coisa parou. Alguma coisa ficou por se resolver.
Queria voltar a vê-lo, queria voltar a senti-lo, queria tê-lo.
O pretérito não é perfeito. Tem falhas, e os verbos não se concluem. As personagens não os fazem desenvolver. Somente, agora, o tempo é que está perfeito. Continua. E faz com que tentemos não pensar, não saber e não querer. Mas o tempo não é simples. Os verbos estão sempre num impasse. Tempo simples, ou simplesmente imperfeito.
Mas isso não torna simples o meu tempo, que continua, nem o meu passado, que criou o meu sentimento, que não é imperfeito, mas tem falhas, que não é perfeito porque não fiz tudo o que devia fazer.

Agora, no presente, que não é simples, tento não criar mais nenhum pretérito imperfeito. Conjugar verbos no pretérito é o mais comum, mas no imperfeito começa a ser habitual.
Fazer perguntas no pretérito e responder com o verbo no presente não é bom.
Eu queria, e ainda quero, amava-o e ainda o amo, e tentei dizê-lo várias vezes. Pensava nele, e penso nele, sonhava e ainda sonho – a dormir ou acordada. (…)
Seja como for, eu quero que ele volte, e quero lhe provar que é só ele. Estar na cara não basta, porque quem devia ver não quer ver.
Não vai ser a distância nem o tempo que vai mudar alguma coisa, o passado fica, o sentimento perdura, e eu só queria vê-lo, tê-lo e dizer-lhe ‘não vás, eu amo-te, acredita de uma vez que és tu quem eu quero’.
Não sei o que é que lhe impede de desenvolver a história, mas ele devia saber que eu sou eu, e não quero que NADA lhe magoe. Eu respeito-o e acima de tudo eu amo-o, e isso é mais que uma razão para fazer com que nada lhe magoe.
E a melhor palavra é mesmo ‘amo-te’.
 Não me arrependo do que fiz, mas, pretendia um final feliz.

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