«já que escolheram a guerra errada, escolham as armas certas»

se procuras qualidade e melhor ires a uma biblioteca ou livraria.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

sonho. flauta transversal

Aquele sonho. Lutar por ele. Ter orgulho de tudo o que fazemos. Sentirmo-nos úteis. (…).
Sim. Gostar de dizer ‘sim’. Saber o que se quer.
“Qual o teu sonho?”, perguntaram-me uma vez. Respondi: “Flauta Transversal. Orquestra, banda militar aérea. Músico.”. Não entenderam. Mas eu percebi, exactamente o que disse. Frases claras levam-nos à queda, palavras-chaves dizem demasiado. Prefiro o demasiado incerto, do que o claro que um dia se torna escuro. Como dizia:
Eu quero ter a minha Flauta Transversal, quero ser Flautista Profissional. Quero ser um músico de verdade, completo, com sucesso. Quer ter orgulho do que faço, sentir-me útil, saber que sou boa nalguma coisa – já que ultimamente tenho afastado tudo o que amo. – com tanta desilusão que tenho tido, com tantos que me têm abandonado, quando sou eu a precisar  de ajuda, a Flauta T. é a única que me tem dado apoio. Não fala, sei bem. Apenas emite um som filarmónico agradável – se bem tocado, é claro – que me ajuda a não cair as lágrimas, que se esforçam a lutar contra a minha vontade. É a que me faz sorrir, e me dá gozo no trabalho que faço com ela. Já não me imagino sem ela. Levo-a para todo o lado, até quero ir tocar para o Metro. Sei que ela já não dá para mim, deveria ter uma Yamaha, mas tenho de esperar. Enquanto isso, graças ao meu trabalho, consegui o começar a tocar, também, no Flautim. Esse sim, é bonzinho. Um Yamaha, som potente, completamente agudo. Dou o Ré da 3ª oitava e parece que ficamos surdos.
Um sonho. Uma orquestra, um sonho demasiado elevado para quem não tem conservatório. Um sonho demasiado alto, para quem vai ter poucos estágios, para quem não vai ter aulas com professores de instrumento. Completamente um sonho, tal como tudo o que me tem aparecido na vida. Ninguém acredita nos meus sonhos, e nas minhas potencialidades, e parece que virou moda esquecer os meus sentimentos. E isso magoa-me imenso.
Talvez um dia, alguém se lembre de que eu sonho, de que eu acredito, lutei por isso e por mim. Se lembrem que eu tenho sentimentos, e tal como eu amo a Flauta & Flautim amo as pessoas. E refiro-me a TUDO e a TODOS. Poucos se lembram de que as pessoas querem outras do seu lado, porque elas são a inspiração e são o que fazem as outras seguir a vida naquelas ‘vidas modelo’.

2 comentários:

Leanne Luz disse...

compreendo-te perfeitamente.
o meu grande sonho é tocar na banda da GNR, junto daqueles musicos maravilhosos. aprender o máximo pussivel para me tornar uma grande fautista !
também já me ocorreu ir para o metro tocar. mostrar ao mundo daquilo que sou capaz.
tocar flauta é única coisa que me deixa realmente feliz, embora, por vezes, já esteja farta de tantas escalas e arpejos. mas compreendo que isso faz parte, faz parte do percurso para me tornar uma boa flautista.
e uma coisa marina, desde que tu acredites no teu sonho, o resto pouco importa, tu é que tens de acreditar. acredita e não desistas.

ps: ainda não exprimentei tocar flautim, mas também deve de ser maravilhoso *.*

MariinaSóff disse...

da GNR ? o meu maestro tocou lá durante 20 anos, acho q são vi, senão são mais. eu amava entrar na banda militar aérea, ou numa orquestra. mas sem conservatório numa orquestra é complicado.
temos de tocar, mesmo, juntas.
e assim, eu deixo-te experimentar o flautim