Eu sabia que ia chegar o dia em que já não sabia o que escrever. A única coisa que me viria à cabeça seria “amo-te”, em que muitas vezes a pensar no que podia não dar, esse “amo-te” iria estar com uma lágrima. Sabia que nesse dia, em que o “amo-te” estaria com uma lágrima derramada, eu não iria querer ver ninguém, as músicas seriam sempre tristes, tudo me faria lembrar ele. Teria uma ENORME vontade de escrever mas não saberia o que dizer.
As saudades iriam apertar o meu coração, a minha garganta teria um nó, o meu estômago iria ficar pequenino – iria ficar sem fome -, a minha cabeça iria doer – pelo excesso de pensamentos, pelos demasiados porquês, por todas as imagens que ficaram na minha cabeça, pelas inúmeras lágrimas – os meus olhos iriam parecer cascatas. Nos dias a seguir iria andar de cabeça baixa, só teria vontade de chorar, de gritar, sem vontade de falar, sem querer amar.
Sabia o que seria o meu futuro, sabia que era por o amar. Não iria querer indiferença, odiaria ser adolescente. E tudo pela causa de “amar”, pelo amor. Sabia, que quando isso acontecesse, ser adolescente começava a ser uma tarefa difícil, só queria compreensão, amizade, um abraço, um ombro, dois ouvidos e atenção. Queria presença e sabia que um simples gesto iria fazer a diferença no meu dia.
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