Queria perceber sentimentos. Queria perceber os tempos.
Queria saber o que fomos. Queria deixar de recordar. Queria te voltar a ter.
Prefira já não te amar. Desejava a tua presença. Não consigo compreender porque
acabou. Faz-me confusão teres desistido. Perturba-me a tua indiferença.
Magoa-me a falta de coragem. Odeio tanta falsidade. Canso-me de pensar.
Farto-me de chorar. Venero a tua imagem. Mentira em dizer que já não te amo.
Seria uma barbaridade dizer que gosto de outra pessoa. Transtorna-me a tua falta
de presença. Sinto um vazio por não estares. Não quero saber pormenores. Quero
uma vez mais. Quero uma história diferente. Vem-me o teu nome à cabeça. Volto a
desejar-te, vem a necessidade de te ver. Vem um querer que voltes. Vem a
obrigação de disfarçar. Ninguém nota, ninguém entende, ninguém pergunta,
ninguém percebe, ninguém sabe. Alguém morre, e tudo muda.
Dá-se a mudança, ouve-se a música, e tudo se repete. Eu
diferente, caminho sem ser eu. Sorrir no dia-a-dia, chorar no interior, e
quando a solidão está presente (mesmo durante o dia, porque o coração está
vazio), quando o silêncio chega, o pensamento recomeça, as imagens voltam, e
revivo o passado sentada, por vezes deitada, a tentar adormecer, e enquanto
isso tudo acontece, uma lágrima escorre o rosto e eu juro nunca mais chorar.
Mas quando acordo, por vezes a meio da noite, tudo se repete. E uma monotonia nova
está presente na minha vida.
Quem disse que a vida era fácil?
Não
necessariamente fictício
1 comentário:
obrigada por passares no meu blog ! (:
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