«já que escolheram a guerra errada, escolham as armas certas»

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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Querido Diário,


Depois de tanto tempo nem sei por onde começar. O início seria o ideal, mas o início já foi à algum tempo, e algumas coisas já tu sabes. Tenho recordações. Imagens que me perseguem, coisas que não se conseguem largar.
Eu pensava, mesmo no início sem me aperceber, que era mais fácil esquecer. Era apenas não pensar, ou simplesmente forçar isso. Mas enganei-me :S . como é que vou forçar o cérebro? Eu não consigo. Até me posso abstrair do pensamento durante o dia, então mas… e a noite não conta? Eu não consigo acordar sistematicamente por estar a sonhar. O pior, é que quando acordo, sento-me na cama a sorrir por parecer tão real, por ele estar ali. E depois quando vejo tudo escuro, por o sol ainda não raiar uma lágrima percorre o meu rosto. É complicado. Sinto saudades. Admito-o sem problemas, não tenho medos. Acho que com a perda deixei de ter medo de alguma coisa, pois já não posso perder muito mais (só para não dizer que já não tenho nada a perder), mas custa-me porque já passaram alguns meses e há sentimentos que continuam intactos, mesmo que à medida que o tempo passa eu vou descobrindo verdades que me magoam imenso. Apesar do sofrimento, há momentos que me deram imensas alegrias. O amor uma palavra, sem uma definição, apenas nos dicionários, simples de escrever, difícil de ser perceber e complexa de se sentir.
                Cada um sente de diversas maneiras, e tem emoções diferentes. Eu quero viver com ele do meu lado, mas eu não escolho. Por isso eu tenho de viver sem ele, por mais que me custe. E tenho a noção que, já não devia pensar nele e acima disso sentir algo por ele, a não ser desprezo, indiferente, e talvez raiva.
                Eu sei que não falei nada em concreto, mas eu sei que tu entendes estes códigos, e sei que muitas vezes preferes o silêncio e, por vezes, a lágrima que cai no papel do que mil gatafunhos, frases esquisitas, um textos sem sentido, e pensamentos muito confusos. E eu, também, prefiro assim, porque não tenho de soletrar tudo, e fico com o desabafo feito, sei que alguém me compreende e não me julga. Tu, que te dei o nome de Diário. Apenas.
3-Maio-2011

1 comentário:

Daniela Rodrigues disse...

sim amor, isto passa *-*

p.s: adoro o blog (=