Acordou de manhã e sentiu
que o dia iria ser melhor que o anterior, e que o anterior, e mais que o
anterior… o melhor que alguns meses. Mas, sem esperança, o seu pensamento foi “como é que eu ainda penso isto? Nada mudará,
ainda está forte.”
Apesar
de já não o amar da mesma maneira, ainda era importante na sua vida.
Independentemente se já não falassem há meses. Aquela relação teve uma
interrupção, não um ponto final, apesar de terem pensado que sim, já teria
chegado o fim. Um fim repentino que magoara ambas as partes, mas sempre por
teimosia ao orgulho nunca deram parte fraca.
Levantou-se,
tomou o seu banho, comeu qualquer coisa apressadamente, meteu-se no carro e foi
para a escola, com a sua mãe, e com um irmão. 8h30min da manhã, todos os
elementos da sua turma (ainda não teriam chegado dois colegas, que
possivelmente chegariam atrasados à primeira aula), estavam à porta da sala à
espera de que o professor chegava-se, abrisse a porta para se sentarem,
descansarem e aprenderem alguma coisa. Ela desde o inicio que tinha simpatizado
com um dos seus colegas. Mas, também sempre pensara que nunca teria nada com
ele, por serem demasiado diferentes, e pela diferença de idade ser um pouco
grande, pelo menos na cabeça dela. Ela tinha 15 e ele 19. Ele teria os feito
nesse ano, ela ainda iria fazer anos.
Depois
de bilhetinhos, e de tantas histórias de proximidades ele quis falar com ela a
sós após uma discussão. Ela sabia que ele não lhe era indiferente, e já o tinha
admitido. Ele abraçou-a, ela disse “Desculpa”,
sentira essa necessidade. Naquele abraço encontrou tudo aquilo que procurara a
alguns bons meses, aquele abraço tocou-lhe no coração. Foi este acontecimento
que marcou a diferença, foi neste momento que o sentimento se solidificou. Era
pequeno, e havia imensos contratempos, mas ela pensou que isso era para pensar
depois, só queria desfrutar daquele momento. Ela percebera naquele momento que
não havia mais passado, tudo o que acontecera no passado teria sido apagado, o
que lhe atormentara da história anterior acabara, já não amara o que agora
seria chamado de outro, o outro
chamava-se Leandro. Ela agora, apesar de um pouco confusa, e sem saber o que
pensar, percebeu que o Ricardo era o importante. Ele com um dedo, por debaixo
do queixo dela, levantou o seu delicado rosto conduzindo-o à sua face, e
beijou-a. Ela retribuiu o beijo, ela sabia que era agora ou nunca que tudo
mudaria na sua vida, a vida tem de ser vivida no presente, esquecendo o
passado. Ela já admitira que ele não lhe era indiferente, e já lhe o teria
dito. Apesar de o Leandro ser importante na vida dela, ela sabia que já não
haveria volta a dar, e não queria saber mais. Era esquecer, seguir em frente e
ser feliz.
-Porque é que não me respondeste
antes?
- Isto não é uma resposta. –
Respondeu-lhe a ela.
Ela ficou confusa com o que se
passara. E percebeu que era uma curte. Não é o que ela mais amava fazer, porque
isso não é nada. Namoro sem compromisso? Mas que merda é essa? É eu agora estou
contigo mas se quiser beijo o outro ao teu lado? Isso não é nada. Nem me venham
com a história do se sentir preso a alguém, porque se gostamos estamos presos
ao sentimento. É ridículo o namoro sem corrente.
Ela pensou “vou viver um minuto de cada vez, se tiver de voltar a acontecer alguma
coisa entre nós acontece, e aí logo se vê. Agora não quero pensar, quero viver.
Já que todos fazem isto, vou fazê-lo também”.
3 comentários:
Antes de mais nada, muito obrigada! Está bonita esta pequena história, muito bonita :)
AMEI tanto coração!!! :D
Mas está mesmo linda *
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