«já que escolheram a guerra errada, escolham as armas certas»

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sábado, 14 de maio de 2011

um dia, um rumo


Acordou de manhã e sentiu que o dia iria ser melhor que o anterior, e que o anterior, e mais que o anterior… o melhor que alguns meses. Mas, sem esperança, o seu pensamento foi “como é que eu ainda penso isto? Nada mudará, ainda está forte.
            Apesar de já não o amar da mesma maneira, ainda era importante na sua vida. Independentemente se já não falassem há meses. Aquela relação teve uma interrupção, não um ponto final, apesar de terem pensado que sim, já teria chegado o fim. Um fim repentino que magoara ambas as partes, mas sempre por teimosia ao orgulho nunca deram parte fraca.
            Levantou-se, tomou o seu banho, comeu qualquer coisa apressadamente, meteu-se no carro e foi para a escola, com a sua mãe, e com um irmão. 8h30min da manhã, todos os elementos da sua turma (ainda não teriam chegado dois colegas, que possivelmente chegariam atrasados à primeira aula), estavam à porta da sala à espera de que o professor chegava-se, abrisse a porta para se sentarem, descansarem e aprenderem alguma coisa. Ela desde o inicio que tinha simpatizado com um dos seus colegas. Mas, também sempre pensara que nunca teria nada com ele, por serem demasiado diferentes, e pela diferença de idade ser um pouco grande, pelo menos na cabeça dela. Ela tinha 15 e ele 19. Ele teria os feito nesse ano, ela ainda iria fazer anos.
            Depois de bilhetinhos, e de tantas histórias de proximidades ele quis falar com ela a sós após uma discussão. Ela sabia que ele não lhe era indiferente, e já o tinha admitido. Ele abraçou-a, ela disse “Desculpa”, sentira essa necessidade. Naquele abraço encontrou tudo aquilo que procurara a alguns bons meses, aquele abraço tocou-lhe no coração. Foi este acontecimento que marcou a diferença, foi neste momento que o sentimento se solidificou. Era pequeno, e havia imensos contratempos, mas ela pensou que isso era para pensar depois, só queria desfrutar daquele momento. Ela percebera naquele momento que não havia mais passado, tudo o que acontecera no passado teria sido apagado, o que lhe atormentara da história anterior acabara, já não amara o que agora seria chamado de outro, o outro chamava-se Leandro. Ela agora, apesar de um pouco confusa, e sem saber o que pensar, percebeu que o Ricardo era o importante. Ele com um dedo, por debaixo do queixo dela, levantou o seu delicado rosto conduzindo-o à sua face, e beijou-a. Ela retribuiu o beijo, ela sabia que era agora ou nunca que tudo mudaria na sua vida, a vida tem de ser vivida no presente, esquecendo o passado. Ela já admitira que ele não lhe era indiferente, e já lhe o teria dito. Apesar de o Leandro ser importante na vida dela, ela sabia que já não haveria volta a dar, e não queria saber mais. Era esquecer, seguir em frente e ser feliz.
-Porque é que não me respondeste antes?
- Isto não é uma resposta. – Respondeu-lhe a ela.
Ela ficou confusa com o que se passara. E percebeu que era uma curte. Não é o que ela mais amava fazer, porque isso não é nada. Namoro sem compromisso? Mas que merda é essa? É eu agora estou contigo mas se quiser beijo o outro ao teu lado? Isso não é nada. Nem me venham com a história do se sentir preso a alguém, porque se gostamos estamos presos ao sentimento. É ridículo o namoro sem corrente.
Ela pensou “vou viver um minuto de cada vez, se tiver de voltar a acontecer alguma coisa entre nós acontece, e aí logo se vê. Agora não quero pensar, quero viver. Já que todos fazem isto, vou fazê-lo também”.

3 comentários:

Maria disse...

Antes de mais nada, muito obrigada! Está bonita esta pequena história, muito bonita :)

łnn Gray ۞ disse...

AMEI tanto coração!!! :D

łnn Gray ۞ disse...

Mas está mesmo linda *