O tempo ia passando e sem que ela
desse por isso estava apaixonada. Finalmente o Amor era amor. Ela deixou tudo,
deitou tudo para trás das costas. Quis lutar, e deixar-se levar, por amar e por
querer viver aquilo, por ele ser importante, por saber que conseguiria ser
feliz.
Tentou esconder, mas ela tão
visível que já não haveria nada a fazer, era admitir e pronto. Nunca o disse
com todas as letras, se falassem nisso ela não iria negar, pois não gosta de
mentir. Até que, chegou um dia em que eles se chatearam por ele ver as
mensagens dela, ela tinha-lhe dado o telemóvel de livre vontade, pois estava de
consciência limpa, não tinha nada a esconder. Ele leu uma mensagem, interpretando-a
mal, e confrontando-a magoando-a, ela virou costas e uma lágrima foi caindo
suavemente pelo rosto.
Ele voltou para o bar, e ela
mandou-lhe uma mensagem:
“Eu sei que não acreditas em mim, mas ficas a
saber que eu não bato coro a ninguém, nem a ti, quanto mais. E é de ti que eu
gosto, és tu o importante, sinceramente não te compreendo. Ele é que vem falar
comigo e não entendo porque é que não acreditas em mim. Sei que vais cagar
nisto, não vais acreditar, mas eu fiz a minha parte, não me vou arrepender por
não ter mandado a mensagem.”
Resposta muito rápida dele: “então diz.”
Ele tinha-lhe perguntado se ela o amava, por numa conversa
por mensagens ela ter dito indirectamente que o amava. Mas quando ele perguntou
directamente, ela não quis responder, por não querer ficar na mão dele. Ela
ainda tinha medo de sair magoada, pois sabia que ele era muito diferente de
todos os outros que conhecera até aquele dia, em todas as suas histórias
anteriores, e o seu passado. Ele estavam nem a 3 metros, mas estavam a mandar
mensagens, ele estava a jogar matrecos com os amigos, e ela estava na sua mesa
do costume com um amigo. Ela respondeu, então, à sua mensagem: “Vem cá, então.” Ele retirou do seu
bolso, apressadamente o telemóvel, e passado um pouco veio ter com ela. E
disse:
-Diz.
-Baixa-te. – ela não queria dizer alto, não queria que
aquilo andasse na boca do povo. Ele debruçou-se sobre a mesa, ela encostou a
sua boca junto do seu ouvido como se fosse dizer um segredo, que para ela assim
o era.
-Sim, eu Amo-te. – o coração dela acelerou, e ela viu um
enorme sorriso no seu rosto, e os seus olhos brilharam. Ela não saberia se
teria feito o certo ou o errado, naquela altura, mas ela sabia que teria de
dizer um dia, para que algo se desenvolvesse, e quando acabasse (sem ela o ter
confessado) não se arrependesse, pois sabia que se iria arrepende se nunca o
tivesse tido.
Antes de entrarem na aula, depois
de todos os seus colegas estarem dentro da sala, ele disse-lhe que acreditara
nela, beijou-a e as suas mãos iam baixando nas suas ancas. Ele tinha saudades
dela, ela sentiu que ter dito aquele ‘Amo-te’ tinha sido dito na altura certa,
apesar de só terem passado uns minutos.
Ela sentira que aquilo tinha sido
a sua prenda de anos da parte dele, ela teria feito anos no dia anterior.
Tudo pelos calções que ele lhe
tinha pedido para levar, uma história para um outro dia, talvez.
(mensagens do dia anterior.)
-Queres que te guarde uns chupas?
(ele era “viciado”)
-Sim bebé. (foi a primeira fez
que a tinha chamado assim)
- Eu mereço beijinhos assim. Unff
- Se levares esses calções dou-te
vários até.
- Está bem eu levo. Amor, amanhã
trazes as tuas calças amarelas? *.*
-Bruxa.
- Então? :c
- Eu já as ia levar.
Sempre (re)começaram com as calças amarelas.
Sim, recomeçar, pois por causa de uma “vaca” não estiveram
juntos durante uma semana, o que ela pensaria que teria sido para sempre. Mas
felizmente, voltaram a curtir. Apenas, não que a deixasse segura, mas sabia que
ele estava com ela.
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